terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A vida por si só

Para começo de primeira postagem preciso me apresentar. Bom, meu nome é Caroline Mendes (resumidamente), estou na flor dos meus 22 anos recém formada em teatro e jornalismo e começando uma nova vida.
Sai da pacata Presidente Prudente após 12 anos vivendo sob custódia familiar para a megalópole São Paulo e a intuição imediata era sim começar uma vida. O que uma mulher procura além de felicidade?
A maioria das mulheres que se formam buscam uma estabilidade financeira aliada de uma satisfação emocional, sim falo do antigo e famoso amor. Atualmente tenho um namorado que sempre foi meu ponto de apoio depois de tantas frustrações na vida. Sem nunca ter muita liberdade esta é a primeira vez que enfrento os desafios humanos de uma vida com responsabilidades, dividir a casa com outras pessoas que tenham outras culturas e costumes não é a coisa mais fácil do mundo.
A saudade e o medo de fracassar invadem minha mente em quase 90% do meu dia, acabo parecendo nostalgica falando assim mas não é a verdade por si só, nua e crua. Ninguém nos dias atuais liga muito para o que o outro sente ou se quer se suas necessidades básicas interiores são relevantes. Elas se contentam com o ego aguçado pela condição de simplesmente ser humana.
Desde que comecei esta nova jornada em 16 de dezembro de 2009 as coisas pararam de ser belas como pareciam ser, o príncipe encantado tem muitas faces anfíbias se assim posso dizer e as pessoas não são acolhedoras e muito menos interessadas no que você tem a acrescentar. A vida não é um parque de diversões.
Preciso ainda de um emprego e de uma casa, um espaço meu que eu possa viver, ser e criar onde eu possa agir como sempre agi em minha plena autênticidade. Seria dramático dizer que sofro porque muitas pessoas têm uma situação tão mais crítica e triste do que a minha.
Acontece que eu não sou do tipo estável, gosto das coisas que mundo pode me acrescentar e o que poderia aprender enquanto me resta juventude e vida.
Os meus sonhos? São os de qualquer mortal, estabilidade, amor, casamento, uma família feliz e liberdade em seu limite exato, mas acho que algumas condições cotidianas que me pré dispus a viver não contribuem tanto.  Como por exemplo não saber ao certo o que fazer da vida, acho que minha fase de sonhar mais alto do que meus braços podem alcançar passou correndo e eu não pude torná-la real. Infelizmente. obrigada a permanecer na minha profissão considerada exaustiva e que realmente tem que ser exercida com amor é difícil, eu gosto do novo, do mágico, do lúdico, não é a toa que me formei em teatro mas por agora o sonho alcançável consiste em sobreviver.
Sem muita pretensão de ser realmente grande, ahh e sobre o amor... bom, ele tem me decepcionado um pouco em sua forma de egoísmo humano, com o tempo e convivência a falta de interesse passa a ser manifestada como uma ferida interna e aí passamos a entender que realmente o amor dos nossos pais não se compara a nada que o universo pode te proporcionar.
Mantenho-me em pensamento positivo sobre mudança de vida, quero sim ainda ser feliz então citarei algumas metas que quero para minha vida e conforme o que acontecer e o que ficar relatado aqui saberei se um dia cumpri ou não, tudo isso misturado em minhas aventuras amorosas, familiares, amigos festas, micos, frustrações, medos e saudades, tantas coisas que não consigo ainda nomeá-las e quero poder um dia olhar pra trás e ter orgulho de saber que lutei e se cheguei onde quer que eu consiga foi porque eu batalhei por isso.
Uma história minha que não precisa ser amada se for simplesmente uma história. Um bom começo portanto seguem abaixo alguns sonhos e ambições:
Carro próprio
Casa própria
Emprego
Namorado amigo (àquele que sabe viver ao seu lado)
Família
Voltar a cantar
Compor
Escrever meus livros
Emprego bom e gratificante
Independência
Bons amigos
Sabedoria
Maturidade

Por enquanto são poucos mas muitos deles com dificuldade de serem alcançados, com etapas e sofrimentos para passar pelas famosas pedras nos caminho aqui vou eu embarcar na vida como ela é.

Carol Mendes